domingo, 30 de março de 2008



CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA,
OS CIGANOS NO RIO DE JANEIRO.

Os ciganos também chegam ao Brasil junto à família real portuguesa, incluindo se nas 15 mil pessoas que vieram, ou seja a corte que junto ao príncipe regente D. João de Portugal escoltados por uma esquadra naval inglesa aporta na colônia portuguesa, deixando em Portugal todo o povo português que queria vir junto com o seu rei para a colônia.
Canhões de Napoleão eram ouvidos em Lisboa, e a família real vinha para o Brasil, 36 barcos, 15.000 pessoas, mercantes brigantinas, navios de guerra, tudo isto comandados pela liderança do almirante inglês Sidney Smith.
Os navios aportaram na colônia em dias diferentes , pelo tempo da longa viagem, sem provisões, sol intenso, piolhos. Chegam à Bahia, três meses depois da partida, no dia 22 de Janeiro de 1808.
Não querendo ficar na Bahia D. João VI e Carlota Joaquina e a corte, um mês depois se dirigem ao Rio de Janeiro, estalando aí a sede do governo, e a Inglaterra recebendo os maiores proveitos com a proteção dada a D. João VI.
Todos esperavam ansiosamente pela corte, tudo se enfeitara para tal fato, pela solicitação de Marcos de Noronha e Brito o vice-rei do Brasil, com o título de Conde dos Arcos, o povo fora as ruas em festa a chegada da corte ao Rio de Janeiro, mas o fato é que o Rio de Janeiro não estava preparado para receber e abrigar tantas pessoas, ocorreu que se escolhiam as moradias para a permanência da corte, e os proprietários tinham 24 horas para se retirar de suas casas e cede-las a tão nobres portugueses.
Surge uma confusão econômica, a vida se torna complicada com inúmeras dificuldades, querendo vantagens em altos preços os comerciantes aumentavam tudo o que podia, sendo que os nativos não acompanhavam a tal inflação, quatro dias após a chegada ao Rio de Janeiro, D. João VI, pública um decreto lei, franqueando os portos do Brasil, ao comércio com nações aliadas.
O Brasil não tinha luxo para receber a corte, deparam-se com uma mistura racial já existente, nos 13 anos de exílio de D. João VI , ele ganha ares de monarca, com danos e saldos positivos para o Brasil.
Com o aumento dos mercados de consumo, e o comércio ligado diretamente às colônias fatos que se refletiram devido o crescimento de produção relacionado às novas e potentes máquinas tudo isto modificando o comércio e o mundo no século XVIII.
O mercado consumidor traz conflitos entre Inglaterra e França, Napoleão Bonaparte Imperador Francês, proíbe os países da Europa a fazerem comércio com a Inglaterra[1], somente Portugal não adere ao poderio de Bonaparte, pois necessitava do capital da Inglaterra, em aliança com a Espanha, Napoleão Bonaparte faz passagem de tropas francesas por terras de Espanha, e com a vitória de Napoleão uma boa parte das terras de Portugal seriam da Espanha[2].
Portugal em troca da escolta protetora, tem grandes prejuízos como concessão a direitos comerciais como o porto de Santa Catarina. Ocorre o livre comércio dos brasileiros com comerciantes ingleses observemos a visão de uma inglesa no Rio de Janeiro em 1810 [3].

``Fui a terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como seleiros e armazéns, não diferentes do que chamamos na Inglaterra um armazém italiano, de secos e molhados; mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso e retalhistas nativos ou franceses. Os últimos têm muitas lojas de fazendas, armarinhos e modistas. Quanto a alfaiates, penso que há mais ingleses que franceses, mas poucos de uns e de outros. Há padarias de ambas as nações e abundantes tavernas inglesas, cujas insígnias com a bandeira da união, leões vermelhos, marinheiros alegres e tabuletas inglesas competem com as de Greenwich ou Depford.
Os ourives vivem todos numa rua chamada, por causa deles, Rua dos Ourives e suas mercadorias estão expostas, em quadros suspensos de cada lado da porta ou da janela da loja, à moda de dois séculos passados. A manufatura de suas correntes, cruzes, botões e outros ornamentos é curiosa e o preço do trabalho, calculado sobre o peso do metal, moderado. As ruas estão repletas de mercadorias inglesas. A cada porta a palavra ``Superfino de Londres ´´ saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem obter-se um pouco mais caro do que em nossa terra (...)´´[4]

O Rio de Janeiro se torna importante por demais com a presença da corte, lideranças políticas das capitanias se deslocam para esta cidade que se torna elemento unificador e aglutinador, o que viria a ser por demais importante para a futura Independência. Com importantes modificações o Brasil de colônia passava a ser a sede do Império Português, o que antes não se podia, tornava se liberado, ou seja o Brasil não mais em espírito unificado colônia portuguesa.
A presença cigana é forte no Rio de Janeiro e participaram destas transformações e mudanças, mesmo de uma forma oculta como uma ilha social, situaram se no início em uma localização desvalorizada de brejos e mangues, um pântano, áreas do noroeste do centro da cidade, do qual conhecemos hoje como Campo de Santana e Praça Tiradentes e arredores, chamada na época de Rossio Grande, eram terras denominadas de chácaras, eram duas as de Paulo de Carvalho e Pedro Coelho da Silva no início do século XVIII. Aparece no ano de 1780, esta área nos anais da cidade do Rio de Janeiro[5]
Na rua da Vala[6], só existia a capela de São Domingos, construída por escravos em 1710, mais tarde vinda uma imagem de Portugal da Senhora de santa Ana, em 1735 edifica-se uma igreja para a santa construída por devotos portugueses, onde não houvesse á presença de escravos, se tornado sede da paróquia em 1814[7], foi esta capela de Santana que se institui oficialmente o nome do Campo de Santana.
No período da corte portuguesa havia um chafariz com repuxos e tanques, onde servia para as lavadeiras, em 1748, outra irmandade de negros a de Nossa Senhora da Lampadosa[8], se estabelece á área edificando uma capela para a Santa a capela original, onde Tiradentes teria assistido a sua última missa.
Este local fora aterrado pela ordem do vice-rei Luís de Vasconcelos em 1791, um largo central criando-se um pelourinho com a chegada da corte, lá fora á parada sedentária de muitos ciganos, o local começa a se chamar Campo dos Ciganos, que tinha como principal rua á Rua dos Ciganos[9], ali ergueram pequenas casas, e muitos ainda com suas tendas armadas, o campo serve como bom foco comercial, já que se tornaria um importante ponto político para a cidade, foram os ciganos, expulsos do Rio para São Paulo, de São Paulo para Minas e de Minas retornavam ao Rio de Janeiro, isto novamente por alguns serem acusados de infâmias e desonestidade.
Neste local os ciganos como exemplares comerciantes, lembrando os fenícios, com práticas e jeito na arte de negociar, tinha como principal meio á venda do ouro e de cavalos, que representava o animal de tração, que sempre os levará puxando suas carroças, conheciam a estes animais como ninguém, e se dizia que nenhum homem sabia ferra-los tão bem quanto os ciganos, era um animal de verdadeira paixão desta etnia[10], junto aos cães. Negociavam pela Rua do Egito, depois chamada de Rua dos Piolhos[11], e obtiveram paz e prestígio na época da corte, pois eram os artistas, os músicos e bailarinos que alegravam as festas, tornaram-se meirinhos, comerciantes, até de escravos, caldeireiros[12], ourives, ferreiros os primeiros oficiais de justiça, chegando algumas famílias tornarem-se ricas as mulheres na arte da leitura da sina e benzedura, reza de quebrantos e vendas de ervas e amuletos.
Observamos que neste momento da história no Brasil os ciganos são tratados com respeito e confiança[13] chegando a participar de festas como as festividades de casamento da princesa da Beira, filha de D. João VI em 1810, em 13 de Maio, D. Maria Teresa com seu primo, Infante de Espanha, D. Pedro Carlos[14].
A festa de D. Pedro I em 1818, com sua união a Princesa D. Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria iniciando a festa em 12 de outubro e terminando no dia 15. Da elevação do Brasil a Reino Unido em carta lei de 16 de Dezembro de 1815, D. João VI chegou a levar toda a corte para o campo dos ciganos para uma noite de festas e danças com os nômades, fora movido até lá pela beleza de uma cigana, sobre o casamento da princesa da Beira cita o Barão de Eschewege:

`` Os ciganos foram convidados para festas dadas na capital brasileira por ocasião do casamento da filha mais velha de D. João VI com o Infante espanhol ´´.

`` Os moços desta nação, trazendo à garupa suas noivas, entraram no circo montando belos cavalos ricamente ajaezados. Os casais saltaram ao chão com incrível agilidade e executaram, em conjunto, as mais lindas danças que já vi até hoje. Todos os olhos se achavam voltados para as jovens ciganas, e se tinha a impressão de que as outras danças tinham por único objetivo fazer ressaltar a beleza das suas[15] sobressair as dos ciganos como mais agradáveis ´´.

D. João VI entra no Campo de Santana com sua corte, para celebrações das turbas. Fanfarras eram ouvidas, nos palanques á fidalguia[16], frente ao camarote real, o rico Kalon Joaquim Antônio Rabelo, aprontou o mais belo e rico palanque já visto na região, uma obra de estilo egípcio, com sedas galões, rendas de ouro, veludo, (Joaquim Antônio Rabelo, uma dos maiores homens causadores das forças e agitações políticas para a Independência, do qual a historiografia possa algum dia a vir reconhecer), deste palanque surge as mais belas danças dos ciganos, com vestimentas pagas pelo rico cigano em homenagem a celebração real, saltam ciganos em belos cavalos brancos, ornados com riquezas e penachos para elegância dos mesmos, morenas sedutoras montadas à garupa.

`` Os homens trajam jaqueta escarlate, calção de veludo azul, meias de seda cor de rosa, chapéu desabado de veludo com plumas, sapatos baixos de fivelas. As moças ajustavam à cintura flexível costume de veludo, primorosamente bordado, calção, meias escarlates, sapatos de cetim branco com ramagens de ouro; na cabeça, como um turbante de nuvens, um toucado azul, recamado de estrelas, como o diadema das noites do oriente´´[17].

Guitarras e castanholas eram ouvidas em suas composições, o povo ovacionava a embaixada cigana, por serem exóticos e com um bailado que sobressaia a qualquer outro, D. João VI, os chama á sua presença, fitas, aplausos e flores eles conquistam por sua magia e arte o povo da corte e do Rio de Janeiro.
Uma Cigana havia atraído por demais D. João VI, uma mulher bela e encantadora, levou por isso a corte para uma noitada no Campo dos Ciganos,

`` Havia se tornado o bairro boêmio do Rio, uma área conhecida por uma vida noturna e alegre e pelos artistas brasileiros e estrangeiros que ali viviam´´[18].

O encanto das ciganas também atingiram a D. Pedro I,

``Mais para o Rocio vivia um casal de artistas famosos, João Evangelista da Costa e a Ludovina, de encantos fabulosos. Destabocado como era D. Pedro I saiu certa noite a persegui-la depois do teatro, entrando lhe pela porta a dentro, talvez por não vê-la fechar-se à sua cara. Mas era que lá em cima, no sobrado, se festejava um aniversário, estando à mesa posta para a ceia e a sala repleta de comediantes e cantores da deles e de outras companhias. E todos, nume reverência, o saudaram ruidosamente, confessando-se honrados em sentar-se pela primeira vez ao seu lado (...)´´[19].

Dispersam-se após 1808 do campo de Sant`Ana, na busca de ouro e da barganha de cavalos, deslocam-se para a Prainha e o bairro da Saúde, onde como comissários de donos de armazéns, nestes locais, recebiam carregamentos da Costa Africana, à etnia negra, local infectado e de açoites aos mesmos sobre corpos dos homens africanos, a negociação humana com o passar de curto tempo se transforma mais necessário e importante que o próprio comércio de açúcar.

`` Só em 1828 o Brasil importou 430.601 escravos entre Cabinas, Minas-Néjos, Congos, Cassanges, Moçambiques, Artos, Minas-Mahy, Benguelas, Calovas e Ganquelas, era no Valongo que chegava as mercadorias dos brigues negreiros ´´[20].

`` Naqueles bazares da tirania humana e da deslealdade da sorte, o cigano, repimpado em sua poltrona, de chicote em punho, era o medianeiro da má fé nas transações dos desgraçados que recebiam o ar e a luz através da telha- vã de um sótão, ou das grades de ferro de uma alcova abafada e imunda´´[21].

Neste momento era conhecida a fortuna feita por vender escravos as Minas, em preço dobrado o Marquês e Conde de Bonfim, de etnia cigana, este medianeiro do comércio escravo[22].
O que se torna alvo de visão e observação ao comportamento humano e social, é que o cigano, um omitido, omisso, uma ilha social, um corpo calado, discriminado, perseguido, comercializando outro corpo calado ou seja o negro, isso se deu aos ciganos como cargo de comissários de tais armazéns, fora um dos primeiros motivos observados nesta pesquisa, o lucro, o segundo por serem corajosos o suficiente para deparar com os negros enviados, o terceiro é o trabalho sujo, ou seja a viabilização do tráfico humano com contatos de lugares infestados de doenças e galpões contaminados, como isso se dá com o cigano que diz ser impuro estas situações que acabamos de referir, a resposta está no fato de que a visão que se tinha do negro, era de objeto, de coisa, de ser comercializado, posto em seus testamentos na parte que se refere a animais e objetos `` bens semoventes ´´, é esta visão que fora também inserida aos ciganos, ou seja o negro passava por um processo de descaracterização, era alugado penhorado, hipotecado pois era coisa, objeto, e havia uma preocupação a hora de adquiri-lo:

``Circunstâncias a que deve se orientar toda pessoa que deseja fazer uma boa escolha de escravos: pés redondos, barriga das pernas grossas e tornozelos finos, o que os torna firmes; pele lisa não oleosa, de bela cor preta, isenta de manchas, cicatrizes e odores demasiado fortes, com as partes genitais convenientemente desenvolvidas; isto é, nem pecasse pelo excesso, nem pela cainheza; o baixo ventre não muito saliente, nem o umbigo muito volumoso; peito comprido; profundo; sonoro, espáduas desempenadas, sinal de pulmões bem colocados, pescoço em justa proporção com a estrutura, carnes rijas e compactas; aspecto de ardor e vivacidade: reunidas Ter-se-á um escravo que apresentará ao senhor todas as garantias desejáveis de saúde, força e inteligência´´[23].

José Rabelo[24], cigano comerciante de escravos, se tornou muito rico no Rio de Janeiro:

`` que acumulou grande fortuna, sendo, na época da Independência um dos homens mais ricos da cidade ´´ [25].

Era o morador mais rico da Rua dos Ciganos, comercializava seus escravos no Valongo:

`` Morava em uma casa própria no Campo de Sant`Ana e diz a lenda, pois deve ser lenda, que guardava grande parte da fortuna em barras de ouro depositadas no fôrro da casa. Tamanho seria o peso desse ouro acumulado que Rabello se viu forçado a escorar com colunas de ferro o teto para que não lhe caísse sobre a cabeça. Invencionices de má língua do povo, provavelmente. Rabello, que obtivera uma patente militar, dedicava-se a operações bancárias e financeiras. O que significa que era prestanista. A juros algos naturalmente. E a lenda das barras de ouro escondidas no fôrro teria sido inventada por algum dos que a ele recorreram´´[26].

Os escravos eram preparados para venda em leilões públicos, 20°/° não chagava ao local destinado. O trabalho no Brasil torna-se desonroso transferindo-se para o contingente escravo. Com o fim do tráfico se triplica o valor dos negros nos mercados de negociação, era o maior investimento ocorrido na época, o mercado negro vivo, com leis em prática de procura e oferta, de compra e de venda.
Jean Baptiste Dedret[27], nos deixa duas importantes cenas eternizadas em sua arte de retratista em Viagens Pitorescas ao Brasil, ambas foram feitas no Rio de Janeiro, uma do ``Interior da Casa de Ciganos´´ de 1820 e outra da mesma época de ``Ciganos Indo ao Campo´´, estas iconografias, contidas nas páginas finais, nos mostra o luxo e os escravos que famílias ciganas possuíam, a cena nos enfoca uma grande habitação e um número grande de escravos para seus serviços domésticos, suas ricas roupas das três ciganas que se realçam a pintura, com roupas da corte na época mas com toques ciganos, de leques, fitas, moedas de ouro e a própria cigana a descascar suas frutas, ou legumes, mesmo tendo um bom número de domésticos escravos, é que os ciganos não gostam de comer comida da qual não fora feita por eles, é que acreditam se na energia passada ao alimento, um escravo, ou um empregado, com raiva de seu senhor ao cozinhar passaria sua raiva e ódio ao alimento[28], mas isto veremos em outro capítulo do qual falaremos sobre o misticismo do cigano e sua influência ao Brasil.
Mello Moraes Filho, diz ser o cigano a solda das três raças na mestiçagem, o que não poderia ocorrer por número bem inferior ao das três etnias já contidas no Brasil, é lógico que aconteceu mestiçagem de ciganos[29] com outras etnias mas não sendo a solda mencionada por Mello Moraes, lembremos que as fugidas aos casamentos e traições eram demais na vida privada do Brasil, independendo da origem étnica, daí esta maravilhosa salada que nos dá muitas faces diferentes, o Brasil .






[1] Esse bloqueio de proibição do comércio com a Inglaterra, chama se Bloqueio Continental (inconformado com a derrota anterior pelos Inglêses) que consistia em medidas contra a Inglaterra por ordens de Napoleão Bonaparte, isso ocorre em 1806, em Berlim, Alemanha e 1807 em Milão Itália. Neste momento acontece a chamada inversão brasileira, a chegada ou melhor a fuga do Governo de Portugal para o Brasil.

[2] Chama se este acordo entre Espanha e França de Tratado de Fontainebleau.

[3] GRAHAM, Maria. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo: Nacional, 1956, p. 210.
[4] Os ciganos comerciavam jóias na antiga Rua dos Ourives, no Rio de Janeiro, barganhando cavalos e no provento do ouro sendo excelentes artesões nas fundições de jóias.
FILHO, Melo Moraes, op.cit, p.35.

[5] COARACY, Vivaldo. Memórias da Cidade do Rio de Janeiro: São Paulo. ed. Itatiaia, 1988, p. 74 à 75.

[6] Atual Rua Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro.

[7] LIMA, Evelyn Furkim Werneck. Avenida Presidente Vargas uma Drástica Cirurgia, Rio de Janeiro: Biblioteca Carioca, 1990, p. 47.
[8] Irmandade da Lampadosa, 1740, criada por escravos, veneração a virgem da ilha da Lampadosa no Mediterrâneo onde uma imagem da santa é adorada. Pedro Coelho da Silva e sua mulher, doa a terra em 7 de fevereiro de 1748, para a construção da igreja.

[9] Hoje Rua da Constituição.

[10] Hoje os automóveis, caminhonetes, caminhões e treilers substituíram os cavalos.

[11] Hoje Rua da Carioca.

[12] Arte de trabalhar com o cobre, fazendo tachos, panelas e objetos de uso do lar, esta arte pertence ao grupo Kalderach, daí caldeireiros, um martelo batido em placas de cobre em uma torra de madeira ou ferro, até formar objetos de arte com relevos desenhos e símbolos, infelizmente esta arte está se perdendo.

[13] Quando oprimimos alguém, ou de alguma forma os omitimos estamos, anulando seus bons sentimentos e seu desenvolvimento (caso também dos negros no Brasil), deixamos este alguém em uma introspecção ou em um estado de raiva e vingança de esquecimento, porém ao contrário quando damos oportunidade de estar inserido á sociedade faz questão de ajudar e demonstrar seus talentos e tornam se úteis a sociedade, observemos que sempre haverá em todas as etnias pessoas com dualidede de comportamento, os que chamamos de bons e maus elementos. No caso dos ciganos quando inseridos as festas da corte tornando se os principais músicos e artistas para tais comemorações, depois de tantas perseguições fora um momento de tentativa de deixarem de ser omissos, mas infelizmente isto não perdurará.
[14] Eschwege, Brasilien Die Neue Welt II, 55.
[15] Eschwege, Brasilien Die Neue Welt, II, 56.

[16] Aristocrácia era inexistente no Brasil , não havia linhagem de sangue o que se diferenciava da Europa, títulos aristocráticos dados por D João VI, eram puramente concedidos por ideais políticos, alimentando egos de novos fidalgos ficavam a serviços constantes ao D. João VI, sua corte a seus pés.
[17] Cit. Filho Mello M, p. 31 e 32.
[18] Cit. Coracy 1995, p. 126.
[19] Cit. Gerson 1965, p. 278.
[20] Cit. Filho Mello M, p. 35.
[21] Cit. Filho Mello M, p. 36.
[22] Cit. Filho Mello M, p. 36.
Para esclarecer melhor o comerciante de escravos enriquecia por rapidez, era rendavel o tráfico e comércio de escravos o que trazia a seus executores verdadeiras riquezas, fora o caso do Conde de Bonfim. Hoje em sua homenagem um tanto desconhecida, a Rua Conde de Bonfim na Tijuca.

[23] Para não ser enganado o senhor que compra o seu escravo fora desenvolvido este manual de compra acima referido, `` Manual dos Fazendeiros ou Tratado Doméstico sobre as enfermidades ´´ , (1893 por I.B.A Imbert).
[24] Joaquim Antônio Rabelo é o mesmo José Rabello,`` fora sargento-mor do 3° regimento de milícias da corte´´ diversos ciganos neste período foram condecorados como Agregados das Ordenações da Corte ( Moraes Filho, 1981,p.32.
[25] Coracy, 1955, pp. 102.
[26] Coracy, 1955, pp. 102.
[27] Jean Baptiste Debret (1768-1848) Retratista, o pintor francês passou a maior parte de sua estadia brasileira no Rio de Janeiro.

[28] O fazer o alimento para os Ciganos é sagrado, e para eles uma pessoa que não está bem com você ou com ódio ou raiva passará a energia negativa ao alimento, este pensamento perdura até hoje em todas as famílias ciganas.
[29] Na Polônia, assim como em várias partes da Europa os ciganos estão casando com não ciganos,
Andrzej Mirga que é casado com uma não cigana diz ``Nossas mães não estão nada contentes com essa moda´´ , acha que isso não cria rupturas ao grupo, ou sua assimilação ao mundo dos não ciganos, acha que estas crianças nascidas destas uniões como mulatos e mestiços são também considerados ciganos, como o seriam pelos nazistas. Cit. Fonseca, p. 25
Observamos neste trecho da obra de Isabel Fonseca, este relato atual de um cigano Polonês, uma visão de uma cultura patriarcal onde o homem tudo pode, mas que seja esta visão assimilada por todos os ciganos, que se mantém conservadores as suas tradições preferindo realizar casamentos entre os de sua própria etnia, famílias tradicionais e sem rupturas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Revolução Quilombolivariana! REQBRA e o verdadeiro povo brasileiro apóia e é solidaria a o grande líder libertador Muammar Kadafi na luta e soberania do povo líbio ao contrario da mídia e a elite dominante fascista e judaica sionista brasileira,que apóia e torce por Hordas imperialistas piratas predadores assassinos dos EUA e OTAN, querendo saquear o petróleo da Líbia e a Amazonas do Brasil.

Viva Zumbi! Viva Brasil Venceremos!
Ao Nosso Povo! Viva Brasil! Venceremos!
Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direitos e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder Zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construídor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar as histórias dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Oswaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam. Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Argentina, Boliviana, Peruana, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma, não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução
Quilombolivariana e bradaram Vivas! a Simon Bolívar Viva! Zumbi!Tupac Amaru!Benkos BiojoS!Negra Hipólita! Sepé Tiaraju Alicutan!Sabino! Elesbão!Luis Gama,Lima Barreto,Cosme Bento! José Leonardo Chirinos !Antônio Ruiz,El Falucho! João Grande e Pajeú ,João Candido! Almirante Negro!Patrice Lumumba!Viva Che! Viva Martin Luther King!Malcolm X!Viva Oswaldão Viva! Mandela Viva!Luiz I.Lula da Silva, Viva! Chávez, Vivas! a Evo Ayma!Rafael Correa! Fernando Lugo!José Mujica(El Pepe)! Viva! a União dos Povos Latinos afro-ameríndios,! 1º de maio,
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